Procuro um corpo quente
O meu já está gasto e frio,
Concha de pele e sangue
Que antigamente me albergava
Descanso da saudade
Dói-me relembrar aquelas curtas-metragens
Que fiz sozinho
Tu estavas lá
Apesar de não te ver
Apesar de não falares
Parei.
Contive-me
É o mais acertado,
A implosão é mais discreta
Ninguém precisa de saber
No entanto
Ali estás tu
E eu olho
Mesmerizado com a tua presença delicada
Sentido que estás lá
Em todos os gestos e subtilezas
Em todos os objectos que tocaste
Ficou uma aura
Um cheiro
Um sentimento.
E ainda assim procuro um corpo quente
Que me acompanhe,
Que me desperte
Deste frio que me ocupa.
sábado, 20 de outubro de 2007
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